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056. Foucault entre o poro e o sto: a crtica do presente e as formas da resistncia em tempos neoliberais

056. Foucault entre o poro e o sto: a crtica do presente e as formas da resistncia em tempos neoliberais 57p2k

Autor(es)::
Luzia Margareth Rago (UNICAMP), Priscila Piazentini Vieira (UFPR)
Resumo: Entendendo metaforicamente o poro, com Bachelard, como o lugar onde depositamos as experincias adas e os objetos inteis, enquanto o sto aparece como o lugar da abertura para o voo e os sonhos, as utopias e as heterotopias, o que faz da casa um amplo espao de mltiplas temporalidades, propomos uma reflexo sobre a crtica da atualidade e as formas de resistncia possveis num contexto de neoliberalismo e crise da democracia, a partir dos conceitos de Foucault. Conhecer a casa significa que necessrio descer ao poro, lugar que abriga o ado e onde se originam vrios fenmenos sociais e culturais, para poder subir ao sto, ando pelos mltiplos espaos em que vivemos. Lembramos que Foucault entende a crtica como a "arte da inservido voluntria", ou da "indocilidade refletida.
Esse ST prope uma reflexo sobre a governamentalidade neoliberal, ou arte de governo das condutas, que engendra a destruio da democracia, como analisa Wendy Brown, ao estender sua racionalidade para todos os domnios do social, inclusive as esferas do privado, exigindo a produo do sujeito neoliberal ou neossujeito (Laval;Dardot). Assim, procura-se discutir como neoliberalismo e autoritarismo se retroalimentam, permitindo a rpida ascenso da direita em diversos pases, levando ao poder figuras autoritrias, racistas, misginas e homofbicas.
Essa discusso urgente para os movimentos que buscam novos horizontes na luta pela transformao libertria da vida em sociedade, a exemplo dos feminismos e de outros movimentos sociais, exigindo reflexes, debates e respostas sobre os modos possveis de contrapor-se a esses processos normalizadores. Perguntamos pelas sadas e devires possveis diante de um regime de verdades que defende a autonomia para homens e mulheres, entendidos como empresrios/as de si mesmos/as, que assumem os prprios riscos. Questionamos, ainda, os limites da noo de sujeito de direito, j que o reconhecimento da cidadania, nesse definio, implica tambm o estabelecimento de um forte vnculo de submisso ao Estado. Mercado e Estado figuram como as matrizes que orientam a constituio subjetiva e das relaes sociais, descartando-se o tema da produo das subjetividades ticas, que se encontra na tradio ocidental desde os antigos.

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